Publicamos recentemente os highlights da nova diretriz de manejo precoce do acidente vascular encefálico (AVE) agudo (2018), que foi divulgado pela American Heart Association. A seguir, destacamos os 10 pontos principais da diretriz:
1) Em média, a cada 40 segundos, alguém nos Estados Unidos tem um acidente vascular cerebral. Destes, cerca de 87% são isquêmicos.
2) Em muitos casos, existem tratamentos eficazes que reduzem ou eliminam o dano cerebral causado no AVE agudo, se o tratamento for fornecido com rapidez suficiente.
3) O objetivo dessas diretrizes é fornecer um conjunto abrangente de recomendações para clínicos, no cuidado com pacientes adultos com AVE agudo. Estas diretrizes abordam atendimento pré-hospitalar, urgência, avaliação e tratamento de emergência com terapias intravenosas e endovasculares, além de incluir medidas de prevenção secundária iniciadas durante a internação hospitalar.
4) O tratamento efetivo imediato para AVE agudo em pacientes selecionados pode incluir:
Alteplase intravenosa até 4,5 horas após o início.
Trombectomia mecânica em até 24 horas.
5) Devem ser desenvolvidos sistemas regionais de cuidados com AVE, incluindo instalações de saúde capazes de fornecer cuidados de emergência iniciais com administração de alteplase intravenosa (IV) e centros capazes de realizarem tratamento endovascular com cuidados abrangentes. Sistemas de cuidados devem facilitar o transporte rápido para esses centros avançados quando apropriado. Administração de alteplase IV guiada pela consulta de telestroke para pacientes com AVE agudo pode ser tão segura e benéfica quanto a de centros de AVE.
6) Em pacientes que não receberam tratamento com alteplase IV ou endovascular e não têm um comorbidade que requer tratamento anti-hipertensivo agudo:
Com pressão arterial abaixo de 220/120 mmHg, iniciar ou reiniciar o tratamento da hipertensão dentro das primeiras 48-72 horas após um AVE agudo não é eficaz para prevenir a morte ou a dependência.
Com pressão arterial superior ou igual a 220/120 mmHg, o benefício de iniciar ou reiniciar o tratamento da hipertensão nas primeiras 48-72 horas é incerto.
7) Pacientes com AVE agudo que tenham imobilidade devem receber compressão pneumática intermitente para prevenir tromboembolismo venoso. Não está claro se a heparina subcutânea de dose profilática é benéfica nestes pacientes
8) Monitorização cardíaca deve ser feita pelo menos nas primeiras 24 horas após o evento. A monitorização cardíaca ambulatorial prolongada para detectar fibrilação atrial após o AVE pode não ser útil.
9) A orientação atualizada recomenda a realização de imagens não invasivas dos vasos cervicais dentro de 24 horas após a admissão para pacientes que tem AVE moderado ou não incapacitante no território carotídeo e sejam candidatos para endarterectomia carotídea ou stent para prevenir acidente vascular cerebral subsequente. Caso não haja contra-indicações, é razoável realizar a revascularização entre 48 horas e 7 dias do evento do índice.
10) O tratamento efetivo para AVE agudo deve ser instituído rapidamente e medidas para prevenir a recorrência devem ser iniciadas o mais rápido possível.
Fonte: https://pebmed.com.br/guideline-avei-2018-top-10-das-novas-recomendacoes/
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